Bispos europeus e norte-americanos visitam a Terra Santa

Cerca de 30 bispos europeus e norte-americanos participam de uma conferência em Israel e em territórios palestinos. O objetivo é apoiar as comunidades cristãs do Oriente Médio que vem sofrendo com as perseguições religiosas.

O encontro “A Igreja Católica no Oriente Médio: comunhão e testemunho”, organizado pela coordenação das Conferências Episcopais a favor da Igreja e da Assembleia de bispos católicos da Terra Santa, teve início no domingo, 9, e segue até a quinta-feira, 13.

Durante a visita, os bispos se encontram com autoridades civis e religiosas, além de cidadãos comuns e fiéis de várias religiões.

“É uma visita importante que serve para fortalecer os laços entre as Igrejas no mundo e as Igrejas na Terra Santa. Não é uma visita que mudará seguramente as ações políticas neste país, mas é um sinal de solidariedade muito forte”, destaca o custódio da Terra Santa, padre Pierbattista Pizzaballa.

Para o custódio da Terra Santa, o testemunho e a solidariedade são os sinais mais belos e importantes para manter viva a esperança cristã na Terra Santa. “Esse já é um grande fortalecimento para a comunidade cristã local, mas também para os bispos que voltam para casa trazendo experiências ricas para suas dioceses”, ressalta.

As condições de vida das comunidades cristãs são frágeis, mais do que em outros tempos, explica padre Pizzaballa. Os cristãos estão sempre em menor número, tendo dificuldades para se fazerem notados publicamente, além de acompanhar os desenvolvimentos políticos e econômicos. “São situações que precisam de soluções estáveis e que dependem, porém, muito de uma resposta política, o que no momento, infelizmente, não se vê”, conta.

O ecumenismo, particularmente em Israel e nos territórios palestinos, ainda é um grande desafio. Nesta terra sagrada para muçulmanos, judeus e cristãos, a convivência não é sempre harmoniosa. “Ao que diz respeito à liberdade religiosa, não temos problemas, como em outros países do Oriente Médio, como Iraque ou Egito, porém, nem sempre o acesso aos lugares santos e a liberdade de culto seguem junto à liberdade de consciência e de expressão”, afirma o custódio da Terra Santa.

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